Energia e metalmecânica estão entre as áreas que mais vão exigir capacitação de técnicos
Até 2023, o estado do Pará terá de preparar para o mercado profissional 189.622 trabalhadores em ocupações industriais de níveis superior e técnico, em processo de qualificação e aperfeiçoamento. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para subsidiar a oferta de cursos da instituição. Essas ocupações têm em sua formação conhecimentos de base industrial e, por isso, são oferecidas pelo Senai. No entanto, outros setores da economia também poderão empregar os profissionais.
O aperfeiçoamento de trabalhadores que já estão empregados representa a maioria da demanda prevista pelo estudo (73%). Em parcela menor (27%) estão aqueles que precisam de formação inicial para ingressar no mercado de trabalho. No último grupo, de acordo com o Senai, estão as pessoas que vão ocupar tanto novas vagas quanto postos já existentes, que ficarão disponíveis devido a aposentadoria de profissionais mais experientes.
O diretor regional do Senai, Dário ressalta que as profissões apontadas no estudo já são ensinadas pelo Sistema Nacional há algum tempo. “As demandas de formações citadas pelo Mapa do Trabalho são as áreas que investimos nos últimos anos, com modernização de nossos laboratórios e capacitações dos nossos instrutores, justamente pensando neste novo cenário de empregos para o Pará. O Senai está preparado para ser um formador desta vasta demanda”, anuncia.
O Mapa do Trabalho Industrial, além de subsidiar a oferta de cursos do Senai Pará, também pode servir para indicar aos jovens iniciantes, e também para pessoas que querem se recolocar no mercado, as áreas em que podem encontrar oportunidades. O jovem Jonathas Neves, 25, estudante do curso técnico de automação do Senai, tem a expectativa de conquistar sucesso profissional no futuro, já que automação é uma área classificada como promissora pelo levantamento.
“O mercado tende a expandir. A automação é o futuro industrial de tudo e é uma área onde jovens podem empreender, muito em razão do fato de que poderemos encontrar inovação. É um refúgio para a área do empreendedorismo. E tenho certeza que estou sendo bem preparado pelo Senai”, afirma. Automação industrial é definida como a utilização de máquinas eletromecânicas, softwares e equipamentos específicos para automatizar processos industriais. Possui como objetivo aumentar a eficiência dos processos de produção com o menor consumo de energia, menor emissão de resíduos e melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações.
Em âmbito nacional, o Brasil precisará qualificar 10,5 milhões de trabalhadores industriais até 2023 para suprir a demanda de profissões ligadas à tecnologia. Em números absolutos, as maiores gerações de emprego deve ocorrer nas ocupações de instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados (14.367), operadores de máquinas de usinagem (5.356) e técnicos mecânicos na manutenção de máquinas, sistemas e instrumentos (3.560). Essas funções exigem nível técnico ou qualificação de mais de 200 horas.
Apenas nos empregos de nível superior, as áreas que mais precisarão de profissionais qualificados, também até 2023, são informática (368 mil), gestão (254,8 mil), construção (81 mil), indústria metalmecânica (56,4 mil) e produção (40,3 mil). No nível técnico, as demandas se concentram nos segmentos de logística e transporte (495,2 mil), metalmecânica (217,7 mil), energia e telecomunicações (181,4 mil), eletroeletrônica (160,4 mil), informática (160 mil) e construção (120,9 mil).
Nenhum comentário:
Postar um comentário