Além dos falsos líderes que pregam e ensinam escancaradamente acerca da torpe ganância, é triste constatarmos que líderes que antes condenavam o amor ao dinheiro, hoje vivem neste pecado.
João Paulo Souza
Temos percebido que, quando o termo prosperidade é mencionado pelos líderes de algumas igrejas, quase sempre boa parte delas – para não dizer a maioria – acaba relacionando essa palavra somente com bens materiais. E, nessas comunidades, o sucesso material claramente é supervalorizado como sendo algo a ser buscado em primeiro lugar na vida.
Nas redes sociais, por exemplo, tenho acompanhado a popularidade de certos líderes evangélicos que fomentam a abastança material, deixando a felicidade espiritual de lado. Contudo, neste texto iremos esclarecer sobre a verdadeira prosperidade.
Deixamos muito claro que Deus não condena a riqueza material, pois podemos ver, por exemplo, essa condição na vida de alguns personagens bíblicos, tais como Abraão, Jó e Salomão (Gn 13.2; Jó 1.3; 2 Cr 1.11-12). Se Deus não é contrário ao dinheiro, isso quer dizer que o dinheiro em si mesmo não é um mal. Todavia, o problema começa quando não conseguimos colocá-lo em seu devido lugar, que é o de ser nosso servo apenas.
Como mencionado no parágrafo introdutório, temos constatado – e você pode conferir através de uma rápida pesquisa na web – que muitas lideranças evangélicas já não se contentam mais com o que a Bíblia ensina sobre a verdadeira prosperidade, senão que procuram, por intermédio de inúmeros métodos interesseiros, lucrarem financeiramente. E essa cobiça desenfreada vem levando multidões em suas ondas sujas de pecado.
Além dos falsos líderes que pregam e ensinam escancaradamente acerca da torpe ganância, é triste constatarmos que líderes que antes condenavam o amor ao dinheiro, hoje vivem neste pecado. O que foi que aconteceu com eles? Não perseveraram em seguir o Senhor, mas escolheram dobrar seus joelhos a Mamom (Mt 6.24). Infelizmente não atinaram para estas advertências paulinas: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1 Co 10.12), e “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1).
Temos conhecimento de que certos líderes andam em carros importados e blindados, moram em mansões luxuosas e comem do bom e do melhor. Tudo isso com a “lã” das “ovelhas” – para não dizer dos “escravos” – que ao menos possuem um carro de mão para trabalhar, moram em casebres e, quando muito, fazem apenas uma refeição por dia!
Dileto (a) leitor (a), precisamos entender de uma vez por todas que Jesus não veio ao mundo para aumentar a nossa conta bancária, nem multiplicar os nossos bens terrenos, tampouco veio para nos fazer conhecidos e famosos.
Na verdade, Cristo venho para, entre tantas bênçãos, demonstrar o seu incomparável amor aos perdidos, perdoar os nossos terríveis pecados, enriquecer-nos com sua graça e sua glória, fazer-nos cidadãos do Céu e tornar-nos herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Jo 3.16; Lc 23.34; 2 Co 8.9; Rm 8.17).
Encerro este texto, tomando de empréstimo as palavras do apóstolo Paulo em 1 Timóteo 6.6-12 (NVI):
De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas.
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