A operação mobilizou equipes da Semas, do Ideflor-Bio e do Batalhão de Polícia Ambiental |
Uma operação realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental da PM, apreendeu armas de fogo, arpões, malhadeiras (redes de pesca que não condizem com os padrões permitidos por lei), tatus e até jacarés abatidos para o consumo das carnes e utilização do couro. As ações foram iniciadas em 26 de julho e encerraram na segunda-feira (12), no Lago de Tucuruí, sudeste paraense.
A operação apreendeu malhadeiras, que são redes de pesca fora dos padrões permitidos por lei |
O objetivo foi a verificação dos métodos e equipamentos utilizados na pesca na região. Pescadores em embarcações que passavam pelo lago foram abordados durante as operações. Os fiscais autuaram e encaminharam os responsáveis pelas cargas irregulares para a delegacia, onde foi aberto o processo administrativo e penal, além de terem as embarcações confiscadas.
Segundo Solange Chaves, da Diretoria de Fiscalização da Semas, a conscientização das pessoas em relação a esse tipo de atividade é importante. “Acreditamos que tem que haver um trabalho repressivo, mas também orientação para os cidadãos de que esse tipo de ação prejudica o meio ambiente”.
Plano – Presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson ressaltou que o trabalho de fiscalização é uma das etapas do Plano de Ordenamentos de Pesca e Aquicultura. Antes de colocar as ações em prática, há várias fases do trabalho técnico desenvolvido pelo Instituto.
Jacarés abatidos também foram apreendidos na operação conjunta |
“Passamos a receber denúncias da própria população local sobre as irregularidades. Compreendemos a importância do trabalho integrado, reunindo Semas, Ideflor-Bio e Adepará. Vai desde o processo educativo, monitoramento e diagnóstico. Todas as etapas são imprescindíveis, não só para coibir práticas, mas para melhoria da qualidade do pescado que, até pouco tempo, estava ameaçada na área do Mosaico”, pondera.
A gerente do Mosaico Lago de Tucuruí do Ideflor-Bio, Mariana Bogéa, explica que as ações ocorrem com frequência, buscando a implementação do Plano de Ordenamentos de Pesca e Aquicultura, que tem como um dos eixos a fiscalização e o monitoramento do Mosaico Lago de Tucuruí. “As ações visam garantir o ordenamento da atividade da pesca profissional, preservar os estoques pesqueiros, além da fauna e flora do Mosaico, através da implementação de práticas sustentáveis e que estejam em conformidade com a legislação ambiental”, reforça.
As equipes encontraram tatus nas cargas irregulares |
A operação no lago de Tucuruí ocorreu no mesmo período de outra grande ação, Falcão Peregrino, realizada em cinco municípios do Estado, pelas equipes da Semas e do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), para combate ao desmatamento ilegal.
* Com informações de Pryscila Margarido (Ascom Ideflor-Bio)
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