Uma dos fatores que pode causar dor durante as relações sexuais é o vaginismo, doença caracterizada por uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico diante da possibilidade de penetração vaginal.
A contração envolve os músculos do períneo (região entre a vagina e o ânus). Em alguns casos, afeta também, a parte interna da musculatura da coxa e da barriga.
Em entrevista à rede britânica BBC, Hanna Van Peer explica: “meu corpo não me permite fazer sexo e, quando faço, é como se alguém estivesse me esfaqueando”, disse a britânica. A condição varia de leve (permite alguma penetração) a grave (impossibilita a qualquer tipo penetração desde a peniana até a inserção de absorventes internos).
O vaginismo pode aparecer a qualquer momento da vida e tem causas variadas, incluindo trauma sexual, parto e menopausa. Algumas mulheres descobrem o transtorno na primeira relação sexual.
“É muito normal ficar preocupada com a primeira vez e todas nós provavelmente já passamos por isso, mas mulheres com vaginismo podem viver com isso por toda a vida. Muitas delas normalmente descrevem a condição como se estivessem sendo esfoladas ou cortadas. Ou até mesmo como se houvesse agulhas enfiadas na pele”, disse a ginecologista Leila Frodsham à BBC.
Tratamento
O vaginismo tem tratamento e até mesmo cura. Leila orienta o uso do polegar para massagear o músculo do assoalho pélvico além do auxílio de dilatadores vaginais, que possuem formato de absorventes íntimos. Eles relaxam os músculos e ajudam a mulher a se acostumar a ter algo dentro da vagina.
“Isso relaxa o músculo porque as mulheres se sentem mais confortáveis e percebem que a vagina é grande o suficiente para fazer sexo”, explicou a ginecologista. O aconselhamento sexual também pode ajudar, especialmente em casos em que o lado psicológico é a causa do problema.
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