segunda-feira, 1 de abril de 2019

Parlamentares visitam barragem da Hydro Alunorte em Barcarena, no Pará

Comissão Externa da Câmara Federal de Brumadinho e Comissão Externa de Barragens da Alepa estiveram nas instalações da empresa na manhã deste sábado (30).


Grupo foi recebido por representantes da Hydro Alunorte em Barcarena.  — Foto: Divulgação/ Alunorte
Grupo foi recebido por representantes da Hydro Alunorte em Barcarena. — Foto: Divulgação/ Alunorte
Deputados e representantes da Comissão Externa da Câmara Federal de Brumadinho e da Comissão Externa de Barragens da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) visitaram na manhã deste sábado (30) as instalações da Hydro Alunorte, localizada em Barcarena, no nordeste do Pará. O objetivo é fiscalizar e vistoriar as barragens e reservatórios no estado.
A deputada estadual Marinor Brito, presidente da Comissão Externa da Alepa, acompanhada de outros parlamentares, estiveram nas dependências da Hydro Alunorte, que contêm dois depósitos de resíduos sólidos. Na ocasião, foi apresentado o sistema de segurança dos depósitos de resíduos sólidos da companhia.
Uma das bacias da Hydro, a DRS2 (que não está em atividade neste momento em virtude de embargo judicial), preocupa o geólogo Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Ele considera essa barragem como uma das mais perigosas. Primeiro pelo material contido, que é altamente tóxico: soda cáustica e arsênio. Segundo, pelo tamanho- superior a 100 hectares- que em caso de rompimento, poderia afetar uma área de grande extensão.
Por sua vez, a Hydro afirma que a empresa utiliza a mais moderna tecnologia mundial para armazenamento de resíduos: o uso de oito filtros prensa que tornam o resíduo com 78% de teor sólido, permitindo o empilhamento a seco do resíduo para compactação nos seus dois depósitos de resíduos sólidos (DRS1 e DRS2). O processo reduz a concentração de soda cáustica.
A empresa diz ainda que diferentes tipos de inspeções são realizados nos depósitos de resíduos sólidos da Alunorte e que os resíduos dispostos nos DRS caracterizam-se de forma geral como resíduo de bauxita/areia do processo e outros materiais previstos na licença ambiental do empreendimento.
A Comissão da Alepa também visitou as barragens de Água Fria e A1, em Oriximiná, oeste do Pará. A Comissão da Câmara Federal acompanha as vistorias, destinadas à análise e fiscalização das barragens existentes no Brasil. Em especial, as investigações relacionadas ao rompimento de Brumadinho (MG).

Fonte: G1/Pa

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